As suspeitas de corrupção e superfaturamento nas obras da Olimpíadas foram fortalecidas pela 26a fase da Operação Lava Jato. Os investigadores encontraram planilhas na empreiteira Odebrecht que revelam supostos pagamentos de propinas de revitalização do Porto Maravilha, uma das vitrines do prefeito Eduardo Paes, assim como nas obras relacionadas à construção da Linha 4 do Metrô. Os dois maiores projetos ligados ao legado olímpico. Logo depois, a justiça bloqueou o repasse de 128 milhões de reais que iriam para as empreiteiras OAS e Queiroz Galvão por indícios de superfaturamento nas obras do Complexo Esportivo de Deodoro.
Há 5 meses das Olimpíadas, nos encontramos no momento ideal para pedir a abertura de uma CPI das Olimpíadas: diante do cenário de incerteza política e de disputa pela prefeitura do Rio, pela primeira vez nos últimos anos, o bloco de vereadores aliados da prefeitura, a grande maioria na casa, vivia um momento de ruptura. Os grupos liderados pelos possíveis candidatos Marcelo Crivella (PRB), Pedro Paulo (PMDB) e Carlos Osório (PSDB), estavam rachados, sem contar a briga federal entre PT e PMDB.
Ao longo de 9 meses, não só pressionamos e garantimos a abertura da CPI, como também impedimos diversas vezes que ela fosse enterrada de vez por Eduardo Paes e seus aliados na Câmara - que muitas vezes recorreram à justiça para impedir a continuidade das investigações. Graças aos milhares de cariocas que pressionaram o poder judiciário e os vereadores nas ruas, na própria Câmara, por email, por telefone e pelas redes sociais, garantimos a CPI das Olimpíadas!